O Google já havia anunciado em janeiro que iria passar a retirar cookies de rastreamento de terceiros do Chrome para tornar maior a privacidade de seus usuários e, após publicação em seu blog oficial, a plataforma confirmou que deixará de vender anúncios com histórico de navegação.

A novidade foi anunciada pelo diretor de gerenciamento de produto, privacidade de anúncios e confiança, David Temkim, que diz que “uma vez que os cookies de terceiros sejam retirados, nós não vamos construir identificadores alternativos para rastrear indivíduos conforme eles navegam pela rede, ou usá-los em nossos produtos”. Além disso, David explica que o Google pretende fazer uso de “APIs que preservem a privacidade” do público em seus produtos, de forma a “impedir o rastreio individual enquanto mantendo a entrega de resultados a anunciantes e publishers”.

Esse novo formato irá impedir, em tese, que anunciantes consigam rastrear o movimento dos usuários entre sites, uma medida que já é comum na venda de publicidade online, já que permite um maior entendimento de como o público se comporta durante sua navegação.

Outras plataformas como o Firefox e o Safari já não contavam mais com essa prática em seus sistemas e agora o Google também entra para essa lista, com a justificativa de que o usuário vem perdido cada vez mais a confiança nas plataformas por conta dessas atitudes.

No meio de 2020 o Google já havia criado o Privacy Sandbox, com o propósito de respeitas as regras de privacidade enquanto mantinha acesso a anunciantes sobre publicidade segmentada e, a remoção e inviabilização dos cookies estavam em segundo plano para ser o próximo passo a ser tomado. A ideia agora é criar um novo modelo que seja menos invasivo ao usuário. De acordo com o comunicado, a mudança “significa que outros provedores talvez ofereçam um nível de identificação do usuário para rastreio de anúncios” que será mais específico ao do Chrome, mas que “não acredita que estas soluções vão atender as expectativas crescentes dos consumidores com privacidade, ou vão sobreviver às restrições regulatórias crescentes” no mercado.