O impacto de smartphones e tablets na vida das pessoas é inegável. Na esteira da internet, o mobile se consolidou como uma das grandes revoluções tecnológicas do século XXI. O acelerado crescimento de YouTube e Netflix colocou a televisão tradicional em situação desconfortável. Hoje, as pessoas têm menos paciência para esperar pelo horário do seu programa favorito. Querem vê-lo na hora que acharem melhor, “on demand”. Por mais que as emissoras tentem se adaptar e oferecer conteúdo digital, disputam uma corrida muito desigual. As excelentes produções originais Netflix ajudam a libertar ainda mais o público da grade de programação.
Vídeos são a bola da vez
Afinal, por que o mobile tem conquistado o espaço da TV tão rapidamente?
Um ponto fundamental é a popularidade do vídeo, hoje estabelecido como mídia mais forte em diversas redes sociais. As pessoas querem consumir vídeos dos mais diversos tipos a todo momento.
Há alguns anos, a TV imperava no formato vídeo. Posteriormente, passou a dividir espaço com o YouTube, mas se manteve com força. A chegada de smartphones e tablets ampliou de forma vertiginosa a força do YouTube e trouxe consigo fenômenos como Snapchat e Instagram. Outro movimento decisivo foi a priorização de vídeos pelo Facebook, o que gerou uma oferta exagerada de vídeos em plataformas móveis.
Neste cenário, a televisão tradicional perdeu espaço, mas ainda mantém uma audiência fiel, sobretudo entre o público adulto. Mas a dependência desse grupo está cada vez mais evidente.
Geração Z amplia vantagem do mobile
As crianças e adolescentes de hoje em dia já não reconhecem a televisão como principal tela. Boa parte desse grupo teve nos tablets e smartphones suas principais plataformas para a visualização de vídeos desde muito pequenos. Mesmo aqueles que não pegaram logo de cara a revolução dos celulares inteligentes se adaptaram a eles em pouco tempo.
A geração Z está imersa no mobile, em aplicativos como Snapchat e Periscope, consumindo e compartilhando vídeos curtos em tempo real. Quando dispõem de mais tempo, passam horas entre YouTube e Netflix – também em tablets e smartphones.
A tendência é que esses hábitos se intensifiquem na chamada geração Alpha, composta pelas crianças nascidas depois de 2010. Especialistas apontam que a evolução natural da espécie faz com que elas tenham o cérebro mais desenvolvido. Por isso não é surpresa observarmos o traquejo de uma criança pequena com um smartphone em mãos.
É preciso entender o momento
Marcas e agências não podem ficar alheias ao que se passa no mundo. É necessário criar estratégias digitais que levem em consideração essa sobreposição do mobile sobre a TV tradicional. As pessoas agora querem vídeos quando e onde quiserem. Será que ainda vale a pena gastar um caminhão de dinheiro para veicular um filme de 30 segundos em um programa cuja audiência não para de cair? No online, é possível impactar quantas pessoas (e com que precisão) com um investimento equivalente?
Responder a estas perguntas exige que se compreenda a dimensão que o mobile tomou em tão pouco tempo. Mais do que digital, o mundo hoje é móvel.