Já não é tão estranho quando o seu tio envia uma solicitação de amizade no Facebook, seu pai compartilha um vídeo no Whatsapp e a amiga de sua mãe começa a te seguir no Instagram. Talvez não seja uma situação muito confortável, mas acontece o tempo todo. Internet deixou de ser coisa apenas da geração Z. Os novos hábitos das gerações “menos conectadas” mostram que o meio digital existe para todo mundo.
60 mil consumidores participaram de um estudo global, realizado pela TNS Brasil, em 50 países, e apontaram dados interessantes. A média dos millenials ou geração Y (pessoas que nasceram na década de 80) passa 3,2 horas por dia em seus celulares. Os consumidores mais velhos, entre 46 e 65 anos, também conhecidos como baby moomers, ficam on-line durante 1,5 horas por dia, enquanto 24% usam o Facebook.
Segundo a pesquisa, 69% dos entrevistados, entre 16 e 30 anos, usam mensagens instantâneas todos os dias, um crescimento de 43% se comparado ao ano passado. Esse grupo também é mais propenso a adotar novos métodos de compra, como pagamento via celular: 8% já fazem isso diariamente.
Os novos hábitos de gerações tão diferentes incentivam o surgimento de uma segmentação digital mais inclusiva, com propostas mais personalizadas e que ofereçam um conteúdo compreensível a públicos diversos. Nos mercados ocidentais, especialmente nos EUA, Reino Unido, Alemanha e França, esta preocupação se tornou mais expressiva.
A Barclays PLC, empresa global de serviços financeiros, que opera em todos os continentes do mundo, alcança as gerações Y e Z através de mídias sociais e mensagens instantâneas, enquanto mira os silver surfers (grupo com idade superior a 50 anos que acessa a Internet com frequência) através de cursos de formação sob medida.
Ainda que estejam cada vez mais conectadas, o comportamento de cada geração continua preservando as suas peculiaridades. Muitos ainda preferem as mídias tradicionais, como jornal impresso, TV e rádio. Outros conhecem apenas as plataformas on-line mais básicas ou fazem uso de ferramentas mais simples, como e-mail e pesquisas no Google. O mais importante, no entanto, é saber que esses novos consumidores estão conectados e esperam usufruir dos benefícios da Internet. Todos eles querem ser compreendidos para que sejam conquistados.