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Vl. Clementino

Vamos supor que um amigo seu, o Estéfano, te diga que ele joga futebol muito bem.

Agora vamos imaginar um cenário no qual um outro amigo seu, o Otávio, te diga que o Estéfano joga futebol muito bem.

Em qual dessas duas situações você estaria mais propenso a crer que o Estéfano é um bom jogador de futebol? Na primeira ou na segunda?

Com certeza, na segunda.

Isso porque na segunda situação não é o seu próprio amigo que está se autopromovendo – na verdade, a habilidade futebolística dele é comunicada por um terceiro.

No marketing as coisas funcionam da mesma forma.

Se o seu tio vira pra você e diz: “tomei aquele novo suco de jabuticaba da marca XXZZ e achei uma delícia, continua gelado mesmo depois de duas horas fora da geladeira!”, as chances de você acreditar na história são imensamente maiores do que se você assistir a um comercial na TV que prega que “os sucos XXZZ continuam gelados mesmo depois de duas horas sem refrigeração”.

A partir daí dá para começar a vislumbrar a força do boca a boca, conhecido também como buzz marketing, para convencer consumidores a comprar.

Mas é preciso tomar cuidado com um perigo inerente a esse tipo de marketing: pessoas satisfeitas com um bem/serviço falam sobre sua experiência gratificante para 3 pessoas; enquanto pessoas insatisfeitas reportam seu descontentamento para nada mais nada menos do que 11 pessoas. Tragicamente, na internet esses 11 podem se multiplicar para milhares de indivíduos.

Estamos falando sobre a velha e instintiva tendência que o ser humano tem de reclamar mais dos acontecimentos negativos do que regozijar-se dos eventos positivos.

Mesmo assim, o boca a boca tem nessas 5 pessoas às quais nós contamos sobre a experiência positiva um grande potencial a ser explorado. No meio digital, indicações e referências de produtos podem se espalhar tão rápido quanto fogo em um rastilho de pólvora.

Portanto, trate com carinho seus seguidores em redes sociais – em especial aqueles que são formadores de opinião – de modo que eles, por livre e espontânea vontade, advoguem a favor de sua marca para os amigos e conhecidos.

Eles podem fazer esse trabalho até melhor do que você.

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