Como evitar que as pessoas evitem anúncios?
Como garantir que seu anúncio seja de fato visualizado em um universo com cada vez mais subterfúgios para escapar dele?
Na internet, a prática de não permitir que as pessoas fujam de propaganda se tornou ainda mais desafiadora com o crescimento do adblocking, isto é, de aplicativos cuja função é bloquear os anúncios que aparecem na tela do usuário, seja em computadores, celulares ou tablets.
Até mesmo em mídias tradicionais está mais fácil fugir dos comerciais: atualmente 55% dos espectadores consomem conteúdo on demand na televisão, contra 45% que assistem a tudo ao vivo.
O número dos que preferem ver seus programas televisivos quando bem os convir é ainda maior entre indivíduos de 14 a 25 anos, chegando a 72%.
É aí que as empresas e agências ficam com uma pulga atrás da orelha. Tanto no online como no offline cada vez menos gente vê anúncios.
Para combater a dificuldade, algumas marcas têm investido em mídias onde as pessoas simplesmente não podem evitar anúncios, como em jogos esportivos e outros programas ao vivo na televisão.
No mundo digital, Facebook e Google ainda contam com certa imunidade ao adblocking na forma de links patrocinados nas buscas, vídeos pre-roll (aqueles que começam a rodar antes mesmo de o usuário clicar no play) e o feed de notícias em aparelhos móveis.
Tanto que os dois corresponderam por 60% do total investido em anúncios digitais em 2015 nos Estados Unidos.
Outra alternativa no mundo digital à qual as empresas têm recorrido é o famoso content marketing: a estratégia foi responsável por um gasto de U$ 67 bilhões nos Estados Unidos em 2015. Para efeitos comparativos, no mesmo ano foram gastos U$ 70 bilhões em anúncios na televisão.
Alternativas não faltam.
Mas é preciso pensar em formas criativas, e ao mesmo tempo eficazes, de fazer propaganda que não disparem o “alarme contra interrupção” na cabeça dos consumidores em potencial.
Caso contrário, nosso cérebro atua como adblock.