Os algoritmos fizeram do Facebook uma rede social mais interessante. Enquanto todas as demais redes acabavam fazendo com que o público visualizasse o conteúdo em um feed cronológico, a rede de Mark Zuckerberg se arriscou a analisar profundamente cada usuário para definir o que era importante para cada um.

O algoritmo do Facebook foi essencial para que as páginas crescessem em números absolutos de curtidas. Uma vez que a própria rede seleciona o conteúdo mais importante, o usuário acabou se sentindo à vontade para se conectar com um número maior de marcas. E este comportamento ditou o rumo do mercado, fazendo com que outras redes, como o Twitter, também adotassem o modelo de relevância ao invés da cronologia.

No entanto, o Facebook acabou ficando maior do que eles mesmos estavam preparados. A rede foi acusada de ser uma das principais fomentadoras do Fake News e tem sido pressionad, principalmente pelo governo americano, a ser mais cuidadosa com a qualidade de seu conteúdo. Tanta pressão fez com que o Facebook acabasse optando por dar preferência aos amigos e aos noticiários locais.

A informação não agradando os grandes veículos de comunicação, que utilizam a plataforma como uma das principais fontes de tráfego de seus periódicos. O que ninguém esperava era uma atitude drástica como a da Folha.

O próprio jornal afirmou que hoje (embora em queda) o número de acessos provenientes do Facebook é praticamente ¼ do seu tráfego. Ainda assim o jornal não se sentiu confortável em continuar apostando na plataforma. Ontem o jornal publicou seu adeus à rede de Zuckerberg até segunda ordem.

O que irá acontecer daqui para a frente, ninguém sabe. Será que a saída da Folha vai fazer a rede social repensar o futuro dos algoritmos? Será que mais algum grande veículo vai aderir à atitude drástica de deixar o Facebook? Mas o que se tem total certeza é de que este posicionamento da Folha será um grande estudo sobre o impacto e a importância no Facebook enquanto motor de tráfego para os veículos e clientes.