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Vl. Clementino

A Starbucks acaba de lançar seu aplicativo oficial no Brasil. A notícia levanta uma pergunta que martela na cabeça dos profissionais de muitas empresas que desejam (ou já tentam) desbravar esse universo crescente: como criar um app para celular que seja um sucesso de engajamento?

Uma coisa é convencer uma pessoa a baixar seu aplicativo. Outra muito diferente, e extremamente importante, é convencê-la a continuar usando o seu aplicativo.

E se o app não tiver alguns itens-chave, o usuário não vai se manter engajado.

Pense nos aplicativos de maior sucesso no mercado que se mantém firmes e fortes com sua base de clientes: Waze, Uber, 99Taxis, Tinder, Shazam… a lista é extensa.

Quais são os denominadores comuns entre eles?

 

1. Eles têm o foco total na experiência do usuário

Assim como produtos campeões, aplicativos campeões são aqueles que satisfazem as necessidades do consumidor da forma mais plena.

Eles são o que o usuário quer, e não o que o criador do aplicativo acha que o usuário deveria querer.

Aplicativos de sucesso são simples, rápidos, vão direto ao ponto, têm visual limpo e não entregam too much – só o necessário.

 

2. Eles são atualizados constantemente

Vez ou outra, aplicativos passam por atualizações que amplificam a experiência do usuário – e elas são cruciais quando de fato melhoram alguma função existente ou acrescentam uma função importante até então ausente.

Há de se ter cuidado, porém, para não exagerar em atualizações a ponto de o conceito principal do aplicativo ser prejudicado pelo excesso de features.

Só que a linha que separa uma atualização positiva de uma exagerada é tênue. E é aí onde as empresas titubeiam.

Para contornar o problema, sempre se faça as seguintes perguntas: “Esse atributo novo que eu quero adicionar vai ofuscar o conceito principal do aplicativo? Ele vai tornar a experiência do usuário mais complicada quando ele quiser usar as funções básicas, aqueles pelas quais o aplicativo foi criado em primeiro lugar?”.

Se a resposta a essas perguntas for “sim”, tome cuidado e reveja sua estratégia.

 

3. Eles foram lançados “imperfeitos”

É comum que a empresa ou o empreendedor alimente o desejo de só lançar seu aplicativo ao mercado quando ele estiver com todas as engrenagens milimetricamente ordenadas. Ou seja, ele quer que o app esteja perfeito antes que o primeiro usuário o teste na vida real.

Esse perfeccionismo, mesmo que bem-intencionado, é um erro que pode vir a ser fatal.

A maioria dos apps de sucesso foram os pioneiros, ou pelo menos estavam entre os primeiros, em suas categorias. A ideia surgiu, o projeto foi executado, houve uma ou outra correção, e logo o produto estava disponível para uso.

Se você esperar para lançar seu aplicativo “no momento perfeito”, algum concorrente pode lançá-lo no “momento imperfeito” e abocanhar uma participação de mercado que vai ser difícil de conquistar depois.

Mesmo que ele não esteja tinindo na estreia, é melhor lançar imperfeito e ajustar as arestas no caminho do que lançar perfeito e perder o timing (e ser visto como cópia depois).

 

4. Eles usam outras mídias para se comunicar com o usuário

Manter a comunicação com o usuário restrita à interface do aplicativo é um tiro no pé, pois depende de que a pessoa esteja logada para receber qualquer mensagem.

Já que qualquer um precisa passar dados para se inscrever no app, use essas informações para se comunicar com ela via e-mail, Facebook, Whatsapp ou outras mídias.

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