“As tecnologias estão mudando a forma como lidamos com o mundo”.
Por mais clichê que possa parecer, a frase acima é correta.
As facilidades proporcionadas pelos aplicativos, smartphones e redes sociais vêm transformando a forma como nós encaramos o mundo. Estamos mais mimados e mais imediatistas – não apenas na forma de lidarmos com produtos, mas também de interagirmos com as outras pessoas.
Seguem três grandes mudanças de comportamento (motivadas em grande parte pelos recursos tecnológicos modernos) pelas quais passaremos nos próximos anos que vão forçar as marcas a adaptar oferta de produtos, comunicação e canais de vendas.
1. O conteúdo visual será a comunicação mais usada
Já ouviu falar na Síndrome do Peixinho Dourado? É a incapacidade que nós temos hoje em dia de nos concentrar em um único foco de atenção por mais de míseros 8 segundos. Ou seja: nossa atenção é um segundo mais fraca do que a daquele peixinho dourado de aquário.
Por isso a comunicação visual será cada vez mais usada. Na dúvida entre imagem e texto, a imagem vai prevalecer, pois ela comunicará mais rápido (em menos do que 8 segundos, esperam os profissionais de marketing) a mensagem que as marcas querem passar por meio de seus anúncios.
Quem não for direto ao ponto estará perdido.
2. A demanda por privacidade crescerá
No mundo digital, nossos passos estão sendo tão monitorados quanto os de um marido infiel vigiado por um detetive particular a serviço da mulher desconfiada.
Você já deve ter passado pela experiência de, dias depois de ter pesquisado por um determinado livro no Google, ficar recebendo continuamente ofertas desse mesmo livro em sites e redes sociais.
Por mais que o cruzamento de informações sobre o consumidor permita às empresas entender melhor o seu comportamento e, por consequência, saciar melhor suas necessidades a partir de ajustes e inovações no mix de produtos, essa vigilância assusta muita gente.
Como rastrear informações na rede é fácil, a tendência é que os consumidores se preocupem cada vez mais com a privacidade de seus dados em transações e interações com marcas. A demanda por buscadores e aplicativos menos “intrusos” será maior.
3. O consumo básico será digital
O volume de compras online já atingiu proporções gigantescas: o faturamento do segmento de e-commerce no Brasil faturou 35,8 bilhões de reais em 2014, o que representou um crescimento de 24% comparado ao ano anterior.
Entretanto, a lista de produtos mais vendidas pela internet ainda é encabeçada por categorias que Philip Kotler chamaria de “bens de compra comparada” e “bens de especialidade”, como roupas, cosméticos, eletrodomésticos e livros.
Mas, segundo Vishal Shah, do NoPaperForms, futuramente até mesmo a compra de serviços triviais – limpar a casa, pedir o almoço, arrumar o carro – será realizada em meio digital.
Aplicativos que surfam a onda da economia colaborativa já oferecem esse tipo de serviço básico. E esse movimento ficará ainda mais forte.